quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Complexidade de ser Técnico

Ao senso comum ser técnico de futsal, futebol é um dos melhores empregos existentes, trabalhamos com que gostamos a “paixão nacional” e podemos até trabalhar de bermuda.
Poucos se ligam o quanto é difícil e complexo ser técnico. Temos que ser de tudo um pouco psicólogo, preparador físico, entre outros. Alguns sabem o quanto é difícil gerenciar grupos de pessoas, pois uma coisa é ter um aglomerado de jogadores e outra é ter atletas com objetivo comum, mantendo-os motivados para satisfazer o desejo do clube o qual representam e seus desejos individuais.
Lidamos diariamente com nossa impotência e isso gera frustrações. Trabalhamos com seres humanos e nem sempre o que eles tem para dar é aquilo que necessitamos naquele momento, bem como oscilações na performance do atleta tem que ser atentamente analisada.
A todo o momento lidamos com fatores extras que influenciam diretamente no desempenho do atleta no qual novamente somos impotentes. Podendo citar alguns exemplos como interferência familiar, salários, gestão do clube, uma noite mal dormida, adaptação ao novo, jogador que sente em estar em uma partida de maior importância, ginásio lotado, transmissão pela TV, vários... 
Uma questão importante a ser ressaltada e de responsabilidade do técnico é a montagem da equipe, temos que minimizar as chances de erro para que o trabalho não se torne um fardo durante a temporada. Fato esse que às vezes é desprezado e vão se acumulando jogadores, seus egos, resquícios de uma má formação até perdermos o controle de um grupo não conseguindo chegar ao objetivo final.
Por vezes ouvi de professores com muito mais experiências” que dentro do futebol não há verdade absoluta” e  temos que ter consciência que nós técnicos assim como os atletas somos limitados por isso temos que estar atentos a novas  informações, estudando, se reciclando sempre, pois todo dia há algo novo.
Estas são algumas situações que temos que lidar diariamente e há diversas mais, apesar de tudo amo que faço e ser técnico ainda é minha melhor escolha de vida.

sábado, 30 de julho de 2011

Futsal Globalizado

Moramos em um país de tamanho continental e culturalmente obcecado por jogo de bola com os pés como diz Alcides Scaglia, desta forma é normal ter uma quantidade enorme de jogadores e treinadores espalhados por todo o mundo.
Ficou evidenciado na Copa do Mundo de Futsal em 2008 realizado no Brasil a quantidade de jogadores naturalizados por outros países e defendendo sua nova pátria. Tivemos jogadores na Rússia, Japão, Espanha e principalmente na Itália. Ótimos jogadores que mais do que defender esse país ajudaram muito a desenvolver esse esporte indoor. Não devemos julgar os motivos que levam jogadores e treinadores a tomarem essa decisão, mais também olhar por outra ótica: a demanda de jogadores que temos no Brasil, conseguimos formar mais do que uma seleção; o amadorismo com que ainda é tratado o futsal no Brasil faz com que cada um busque sua independência financeira em locais e países diferentes.
Antes tínhamos apenas a Europa como um mercado com maior visibilidade e vantagens para salonistas brasileiros, mas recentemente vemos novos mercados como Japão onde temos jogadores e treinadores como Mário Tateyama estudioso do futsal e treinador  neste país. O jogador Cabreúva que era uma figura certa nas convocações da seleção brasileira hoje joga no Kuwait com outros salonistas brasileiros.
Mais dentro deste contexto países da América do Sul ficavam muito para traz, com ligas que não tinham nenhum tipo de visibilidade e com seleções mais frágeis, exceto a seleção Paraguaia que teve em 2007 o técnico Fernando Ferreti como seu treinador e atualmente atuando como coordenador técnico. Recentemente temos o jogador Thiago Negri (olhe) pioneiro no futsal colombiano jogando junto ao melhor jogador colombiano da história Jonh Pinilla abrindo as portas para mais jogadores. Temos também a Liga da Venezuela que acaba de contratar o técnico Celso Marques que dirigiu a seleção brasileira de futebol de salão no Mundial realizado na Colômbia em 2011 e mais dois atletas que fizeram parte deste grupo.
Vemos que nós brasileiros além de aumentar nossa hegemonia dentro do futsal com jogadores e treinadores em todas as partes do mundo, estamos auxiliando no desenvolvimento do esporte em muitos países, mesmo que inconscientemente.  Temos essa noção mais clara nas competições e jogos extra-oficial da nossa seleção brasileira.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Selecionando o Ataque

Após ler artigo escrito por Wilton Carlos Santana, nomeado “Antídoto do contra-ataque”, o mesmo escreve sobre  assunto recorrente no jogo de futsal: o contra-ataque e conclui que se há um antídoto, esse seria um  uma seleção maior na formação do ataque.
Observando vários jogos da Liga Futsal, Campeonato Paulista da categoria principal e menor, conclui-se que os padrões adotados pelas equipes tem preocupações em equilíbrio entre ataque e defesa.  O que diferencia os padrões utilizados e sua eficiência são os executantes deste padrão (jogadores). Por característica, os jogadores brasileiros na sua grande maioria não privilegia a manutenção da posse de bola e por diversas vezes fazem escolhas equivocadas, atacando e buscando o gol de qualquer forma, essa ação têm  como reação  contra-ataque que os pegam em desvantagem numérica.
Dentro desta proposta saber atacar de forma mais seletiva com certeza é um antídoto para não sofrer contra-ataques, mais como mudar este comportamento inerente ao jogador brasileiro? Muito complicado,quando menos esperamos sai uma finta, um passe em hora e local inapropriado do jogo. Passamos então a praticar a marcação de contra-ataque, com o objetivo de anular essa ação o que é mais difícil, pois defender com inferioridade numérica requer êxito na indução do adversário para uma situação de dificuldade e contar com a qualidade do adversário na finalização.
 Temos várias opções de jogo, dentre elas jogar apenas no contra-ataque, vemos isso principalmente em equipes com nível técnico inferior ao seu adversário e por vezes tem êxito. Nas finais da competição Paulista nas categorias sub 15 e 17, observamos várias equipes que utilizavam deste artifício, abdicando da posse de bola para montar a defesa e tentar pegar o adversário em desvantagem numérica.
Sendo assim o jogo de futsal, passa a ser de ataque e contra-ataque, penso que mesmo com estratégias elaboradas onde pensamos no equilíbrio das ações, quem decidirá essa situação será o jogador, a tentativa é fazer com que o atleta se torne eficiente e consiga selecionar o ataque. Com atletas que trabalho é comum comparar o jogo de futsal com o basquete. Na tentativa de fazer com que elaborem o ataque e tenham a manutenção da posse de bola, diferencio um do outro, mostrando que no primeiro temos o tempo que quisermos para atacar já no basquete temos um tempo pré- estabelecido pela regra. Desta forma, atacar de forma equilibrada dependerá única e exclusivamente da leitura que o atleta faz do jogo e a situação que se apresenta em sua frente.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Padrão de jogo: qual método a ser implantado em quadra?

Em curso realizado recentemente para treinadores de futebol o hoje treinador do São Paulo Futebol Clube, Paulo C. Carpegiani indagou os alunos com a seguinte pergunta: “O que seria um jogo de futebol?”, o mesmo seguidamente respondeu que “o jogo de futebol é a imposição do jogo ou padrão de jogo sobre seu adversário”.
            A partir deste discurso, o futsal esporte no qual nos atentamos a discursar, a alternância dos padrões de jogo é freqüente devido a dinâmica do jogo, da situação da partida e principalmente pelo seu elenco de atletas.
            Através de conversas com distintos treinadores, alguns que trabalham com suas equipes em competições Estaduais e outros que estão na Liga Nacional a grande maioria pautam seus treinamentos de acordo com o adversário a ser enfrentado na partida seguinte, sendo assim o objetivo a ser alcançado pelos mesmos é um equilíbrio maior na partida e um encaixe ofensivo e defensivo para ter êxito ao final da partida.
            Dentro das mudanças de padrão tático podemos levantar uma questão. A equipe considerada inferior ao adversário é que deve se adequar ao adversário e mudar constantemente sua forma de jogar? Outra questão: ter uma equipe com padrão de jogo bem estruturado e executado, com jogadores inteligentes sabendo variações de jogadas, não é um fator de maior eficiência.  que dificultará a anulação pelo adversário?
            Sendo assim, tenho que a implantação de qualquer padrão de jogo tem ligação inevitável primeiramente ao elenco de atletas. A postura e as ações pensadas para qualquer que seja o jogo dependerá das características e entendimento de todos do grupo. Exemplo mais recente é a postura adotada pela equipe de Marechal Rondon na disputa da Liga Nacional em 2010, onde percebíamos a montagem do elenco feita por Marquinhos Xavier, com atletas muito bem fisicamente e muito equilibrados na marcação, desta forma víamos uma equipe que dentro e fora de casa marcavam pressionando o adversário, esse foi um dos fatores preponderantes para que se tornassem surpresa dentro da competição e chegassem a final da competição.

domingo, 24 de abril de 2011

Uma via de mão única: Futsal para o Futebol

É comum vermos a mídia citar diversos jogadores de futebol que tiveram seu ínicio no futsal, atletas como: Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Nazário, Robinho, Neymar, entre outros.
Mas após uma revisão bibliográfica encontrei um livro que pode nos ajudar a entender esse fenômeno, o autor dessa obra é Daniel Coyle e o mesmo afirma que é diferente o modo que se executa futebol no nosso país do resto do mundo. E a causa desta situação é a influência do futsal.
Segundo Coyle, que para chegar a esta conclusão vem pesquisando e viajando o mundo todo desde dezembro 2006, visitando a locais diversos onde segundo o mesmo nasceram os mais talentosos jogadores. Dentro de sua pesquisa o autor ainda quebra o paradigma que tanto falamos em postagens anteriores: a forma de treinamento. A maneira tecnicista de treinamento que não trás beneficio cognitivo algum.
O tipo defendido pelo autor é o mesmo que já discutimos; através de jogos adaptados, reduzidos, condicionados.
Este tipo de treinamento Coyle chama de “treinamento profundo” que na palavra do autor “ o novo modelo mostra que as fábricas de talento têm êxito não porque as pessoas se esforcem mais, mas porque se esforçam do modo certo...”
Desta forma Coyle ainda ressalta em sua o obra intitulada “O Código do Talento” que o segredo do futebol seria o treinamento profundo advindo de um jogo em particular: “Ou seja, o futebol brasileiro é diferente do futebol do resto do mundo porque o país utiliza um equivalente esportivo ao Link trainer (simulador de voo). O futebol de salão comprime as habilidades futebolísticas essenciais num pequeno espaço, situa os jogadores na zona de treinamento profundo, na qual vão cometendo erros que vão corrigindo, nunca deixando de criar soluções para problemas vivamente percebidos. Jogadores que tocam 600% mais vezes aprendem mais depressa (e sem se dar conta disso) do que aprenderiam na vasta e expansível extensão de um campo gramado. O futsal não apenas é a razão pela qual o futebol brasileiro é extraordinário. Os outros fatores tantas vezes citados – clima, paixão e pobreza – realmente importam. Mas o futebol de salão é a alavanca por meio do qual esses fatores transmitem sua força.”
            Mesmo assim vivenciamos equipes que tem suas particularidades e suas razões nas quais desconhecemos não deixar o atleta jogar futsal e futebol, desta forma o mesmo tem que optar por um ou outro.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Entendendo o jogador de futsal na sua totalidade

Podemos afirmar, após estudos e situações vividas que não estamos formando atletas na sua totalidade, jogadores de corpo inteiro. Até pela nossa formação passamos tempos enfatizando a parte física, técnica e tática de nossos atletas para que os mesmos aumentem o rendimento durante as partidas, e muitas vezes não damos tanta importância em trabalhar um elo desta cadeia que complementa a totalidade do ser humano/atleta a parte “psicológica”.
Como citado acima nossa formação acaba não nos capacitando plenamente a atuar com mais eficiência nesta área, apesar de como técnicos temos de fazer intervenções diárias para tentar ajudar e entender nossos atletas às vezes com sucesso outras não. Hoje em dia seria de grande importância para técnicos e atletas de alto rendimento o acompanhamento de um Psicólogo do Esporte. Mais como atuaria estes profissionais dentro do futsal?  As estratégias utilizadas pelos mesmos visam o desenvolvimento da performance atlética em modalidades individuais e também nos esportes coletivos, como por exemplo:  na redução de ansiedade e estresse,  no autocontrole, na melhora da autoconfiança, na intensificação da concentração, no treinamento de atenção, na motivação, entre outros. Dentro do futsal, além dos exemplos citados, podem trabalhar no desenvolvimento do grupo, na coesão da equipe, na solução de conflitos, na transferência de desempenho dos treinos para as competições.
Ter um Psicólogo do Esporte dentro comissão técnica no futsal ainda é privilégio de alguns. O mesmo nos ajudaria de várias maneiras, por exemplo, traçando o perfil de cada atleta e até que ponto o mesmo aguentaria uma pressão de uma final ou de jogar contra uma equipe de maior expressão, como seria seu comportamento em situações adversas e como lidaria com o sucesso, sendo assim exploraríamos o máximo do nosso atleta. Importante também é que sairíamos do censo comum e passaríamos a entender o nosso atleta na sua totalidade não fazendo assim pré-julgamentos dos atletas. E se houver a necessidade de tomar atitudes mais drásticas como afastamento do atleta do grupo, dispensa, faria isso com mais embasamento. E não com justificativas que ouvimos desde que a” bola é bola”, “esse ai pode mandar embora porque é pipoqueiro”,”esse jogador é burro não consegue pegar a jogada”, podemos tomar tais decisões mais já sabendo da dificuldade destes atletas, até porque seu perfil já foi traçado pelo tal Psicólogo do Esporte.
            Para finalizar sabemos que ainda tudo isso parece utópico, mais temos que caminhar para aumentar o rendimento de nossos atletas até porque há uma inter-relação entre nós treinadores e jogadores, eles precisam de nós para fazer parte do grupo e precisamos do melhor deles para ganhar jogos e competições e nos manter atuante.

terça-feira, 22 de março de 2011

O “Novo” Goleiro Linha.

Após a nova regra que passou a vigorar em 2011 em relação à utilização do goleiro, mais precisamente sua participação com os pés, como um jogador a mais na linha para que ocorra uma vantagem numérica no ataque fez com que técnicos e jogadores passasem por uma readaptação ao jogo de futsal.
A meu ver com a assimilação da regra vai haver uma melhora significativa no jogo o deixando mais dinâmico e delegando funções específicas para as funções dentro de quadra, ou seja, goleiro bom vai continuar sendo aquele que faz a diferença debaixo da meta e os jogadores de linha que muitas vezes se beneficiavam com passes para o goleiro, terão que resolver os problemas do jogo de uma nova maneira.
Vale ressaltar que o jogo passa a ser mais atraente quando uma equipe optar em colocar o goleiro linha, pois o mesmo poderá jogar apenas na sua quadra de ataque. Sendo assim o que temos visto é os treinadores colocando o goleiro linha na ala, deixando como último homem um beque, para que não sofram a falta imposta pela nova regra. Não posso deixar de citar que muito antes dessa regra passar a vigorar, já tínhamos um técnico em São Paulo especificamente, precursor do goleiro linha em nosso estado que já tomava estas atitudes ele é: Marco Antonio, mais conhecido como “Batata”. Por diversas vezes assisti jogos de sua equipe onde o goleiro transitava entre a ala, pivô, com objetivos distintos hora para atacar, hora para a manutenção da posse de bola. Posso relatar também que como todos técnicos às vezes essas tais mudanças não surtiam efeito positivo, mais o bom é que o mesmo não pecava pela omissão, seus jogos se tornavam mais inteligente e atraente.
Que podemos concluir é que neste primeiro momento a utilização do goleiro linha não está surtindo o efeito esperado, para aqueles que estão utilizando, não sei se pela impaciência dos jogadores que acabam forçando jogadas resultando em gol adversário, pois a meta está exposta, temos como referência o jogo da Liga Nacional 20011 realizado no dia 21/03 entre Santos/Cortiana e Associação Carlos Barbosa onde o Santos fez dois gols quando Carlos Barbosa optou em utilizar o goleiro linha.
Essa é uma modificação que vai dar muito que falar.....



quinta-feira, 17 de março de 2011

Criando problemas no treino de futsal.

Vivemos em um mundo onde o espaço para o lazer, o lúdico está cada vez mais escasso. As brincadeiras de rua, as peladas contra o time da rua de cima, jogar em meio a pessoas de diferentes idades já não existem mais.
Sendo assim, as crianças que tem maior aptidão para jogar futsal ingressam logo cedo em equipes para treinar futsal, algumas desde a categoria “chupetinha” começando aqui sua vida competitiva. Estes garotos são submetidos a treinos e jogos semanalmente.
Muitos destes treinos no qual são submetidos, por vezes é repetição de movimentos que também é importante, mais não somente isto. Muitos podem até defender o quanto é necessário ensinar os fundamentos por meio de repetições para depois jogar. Sendo assim fica a pergunta que é feita por Wilton Carlos Santana: é necessário aprender para jogar ou jogar para aprender? Santana um dos defensores do ensinamento através do lúdico, dos jogos, e por conseguência aumentar a complexidade e o formato destes jogos a fim de chegarmos ao objetivo desejado de acordo com a idade trabalhada.
Levando em consideração que no campo de jogo do futsal temos apenas as balizas e as marcações da quadra que são fixas. O jogo de futsal trás diversas situações problemas. Desta forma treinar apenas através do método de repetições auxiliará o nosso atleta a pensar no jogo e futuramente resolver os “problemas” citados acima?Para que nosso atleta tenha recursos, habilidade para sair das situações que se apresentarem precisamos mostrar para eles problemas dentro dos treinamentos aproximando cada vez mais o treino das situações ocorridas no treino deixando-os mais complexos respeitando as idades, consequentemente as categorias.
Para que isso ocorra dependerá do conhecimento e principalmente a criatividade dos treinadores, pois somos nós que formaremos este indivíduo. Sendo assim, nos temos uma importância muito grande para que este atleta tenha uma vida útil maior dentro do futsal, chegando à categoria principal com um acervo que os dará condições de tornarem-se jogadores em potencial e não em meros repetidores de movimentos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Futebol de Salão ainda existe?

Aos saudosistas e amantes deste esporte praticado por milhares de pessoas no mundo todo; o futebol de salão precursor do futsal ainda existe. As raízes continuam, por mais que não tenhamos conhecimento há uma seleção que representará nosso pais em mais um mundial.  Há várias diferenças entre o futsal e futebol de salão que foge as divergências políticas e exposição na mídia. Futebol de Salão  tem suas regras diferentes  como: tamanho e peso da bola, lateral e escanteio cobrados com as mãos, ao cobrar o tiro de meta o goleiro tem que fazer a bola tocar ao solo no seu campo defensivo, o jogador de linha pode voltar à bola para o goleiro quantas vezes achar necessário, entre outras.
Vale salientar que o futebol de salão extinto em nosso pais é praticado por mais de 50 países que lhe dão a importância almejada pelos nossos atletas e comissão técnica.  Que podemos chamar de “os últimos dos moicanos”.
A seleção de futebol de salão que irá representar o nosso país na Colômbia, mais precisamente na cidade de Bucaramanga, partirá no dia 14 de março para enfrentar o seu primeiro confronto dia 15 contra a arqui-rival Argentina.
A equipe é formada na sua totalidade por “atletas” da Região do ABCD e comandada pelo técnico Celso Marques que mesmo treinando em quadras emprestadas dentro de locais privados na cidade de São Bernardo do Campo não desistiu do sonho do Mundial. Após varias tentativas do técnico e comissão juntamente com a Pisco Comunicação para dar uma estrutura no mínima para os jogadores em termos de uniformes, roupas de deslocamento os mesmos tiveram êxito e serão patrocinados por uma empresa de material esportivo: a KIUKAK, a curiosidade fica que está é uma empresa da Venezuela. Parece estarmos na contramão das coisas.
Mais independente de qualquer coisa vale salientar toda a vontade que mostra este elenco, que trabalham em atividades distintas como foi noticiado pelo Diário do Grande ABC para poder se manter financeiramente. E treinam todas as noites para representar toda uma nação que parece os dar as costas. Saiba mais.
Fica nosso registro e desejo de boa sorte a todos.

Novas informações:
Estreia dia 16/03 - Brasil 5 x 5 Argentina
Brasil 4 x 3 Sérvia dia 17/03 (quinta-feira) as 21:15h
Assista ao vivo pelo Link -  http://www.canaltro.com/web/
Brasil 3 x 4 Rússia dia 18/03 (sexta-feira) as 21:15

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quem poderá ser o herdeiro da camisa 12 brasileira? Estamos criando este herdeiro?

O mais completo atleta de futsal ainda continua dentro das quadras, o mesmo atende pelo apelido de “Falcão”. Podemos dar inúmeros adjetivos para esse jogador que é dotado de inteligência para jogar futsal, suas tomadas de decisões dentro do jogo são impressionantes resolvendo assim, situações problemas dentro da partida. Podendo ser com um passe despretensioso, um arremate ao gol ou até com sua irreverente “lambreta”. Vale salientar que ao meu modo de ver temos duas fazes deste belo jogador uma antes de ser comandado por técnico PC Oliveira e outra depois. Antes um craque com a bola nos pés, desfrutando de todo seu repertório de dribles, agora um jogador eficiente que também joga sem a bola, marca e dribla para fazer gol. Este resumidamente é o craque “Falcão”.
Eis ai nosso problema. Podemos apontar um outro jogador que assumiria a camisa 12 da Seleção Brasileira tão completo assim? Temos ótimos jogadores em atividade que poderíamos citar, mas estes não são completos cada um tem sua especialidade o que dizer de Lenisio e Simi com sua frieza para marcar gols, Cabreuva, Valdin jogadores extremamente habilidosos.
Então nossa salvação seria nas categorias de base essa é a solução!!!! Vivemos em um país de tamanho continental sempre aparece bons jogadores com vontade, talentosos. É ai onde começa aumentar a preocupação na maioria dos casos nossos aspirantes a craques estão sendo submetidos a treinamentos totalmente descontextualizado, a treinos fragmentados, não fazendo parte do seu treino o imprevisível, sem nenhum tipo de adversidade, sem ter que trabalhar a parte cognitiva. E sabemos que os mesmos encontrarão tudo isso nos jogos. Como criaremos craques conduzindo bola entre cones, conduzindo a bola e fazendo passe para o colega. Qual é o acervo motor, cognitivo que este jogador estará levando para jogar? Está é uma das maiores reclamações de técnicos na categoria principal: atletas com inteligência para o jogo estão escassos.
Está é minha visão após ler, escutar pessoas com muito mais experiência como Wilton Carlos Santana, Pablo Ruan Greco, Alcides Scaglia, mas no futsal não tem verdade absoluta cada um tem a sua.
Só tentaremos dar nossa contribuição para a formação de novos talentos e quem sabe craques no qual aplaudiremos futuramente.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Treinamento de futsal: Qual o método correto de preparar sua equipe?

Vivemos em uma transição muito benéfica para o esporte. Reconhecimento de novos técnicos no cenário nacional como Paulo Cardoso, Marquinhos Xavier, Perdigão até na seleção há alteração com Marcos “Pipoca” Sorato e Vander Iacovino e temos a confirmação de grandes treinadores como PC Oliveira, Ferreti, Miltinho, Paulinho Gambier, entre outros. Vale salientar que entre todos técnicos existentes cada um tem seu modo de trabalho que não cabe a nós escolher o certo ou errado, mais sim refletir sobre as diferenças e as contribuições que cada uma poderá nos trazer.
Hoje há escritores e técnicos que defendem métodos de treinamentos que na sua concepção acabam tendo maior eficácia para a formação do atleta e por consequência da equipe. Estes métodos são:
-centrado na tática: referem-se a atividades que visam um desenvolvimento do atleta no esporte através do jogo causando imprevisibilidades, situações problemas.
-centrado na técnica: refere-se a uma metodologia de treino que não vai ao interesse do jogar e que principalmente treina as habilidades fora do contexto do jogo.
Partindo do principio que o futsal está cada vez mais dinâmico e as tomadas de decisão tem que ser as mais rápidas e eficientes possíveis, passaria a treinar só através de métodos centrado na tática com jogos reduzidos, condicionados, entre outros. Até porque a isto nos traria situações problemas, traria um maior acervo motor para os atletas, uma melhor leitura do jogo, desta forma ter que tomar as decisões mais eficazes, ou seja, fazer a coisa certa na hora certa.
Já pensando na parte tática do jogo onde uma movimentação, um sistema defensivo, uma manobra de ataque deve ser ensaiada exaustivamente, pois é decisivo hoje nas partidas de futsal, pois há treinadores que tratam o treino destas como “coreografias” (movimentações sem bola) para que os atletas assimilem e minimizem os erros dentro do jogo. Sendo assim será que já não estamos treinando no outro método citado acima o: centrado na técnica?
Qual destes está certo? Existe o certo ou errado no futsal? Qual você utilizaria? Na minha opinião não há o certo ou errado, por certo utilizo os dois, pois quem dará a resposta é a equipe a qual preparamos, está sim vai solicitar através feeling do técnico qual sua necessidade no momento.