Após ler artigo escrito por Wilton Carlos Santana, nomeado “Antídoto do contra-ataque”, o mesmo escreve sobre assunto recorrente no jogo de futsal: o contra-ataque e conclui que se há um antídoto, esse seria um uma seleção maior na formação do ataque.
Observando vários jogos da Liga Futsal, Campeonato Paulista da categoria principal e menor, conclui-se que os padrões adotados pelas equipes tem preocupações em equilíbrio entre ataque e defesa. O que diferencia os padrões utilizados e sua eficiência são os executantes deste padrão (jogadores). Por característica, os jogadores brasileiros na sua grande maioria não privilegia a manutenção da posse de bola e por diversas vezes fazem escolhas equivocadas, atacando e buscando o gol de qualquer forma, essa ação têm como reação contra-ataque que os pegam em desvantagem numérica.
Dentro desta proposta saber atacar de forma mais seletiva com certeza é um antídoto para não sofrer contra-ataques, mais como mudar este comportamento inerente ao jogador brasileiro? Muito complicado,quando menos esperamos sai uma finta, um passe em hora e local inapropriado do jogo. Passamos então a praticar a marcação de contra-ataque, com o objetivo de anular essa ação o que é mais difícil, pois defender com inferioridade numérica requer êxito na indução do adversário para uma situação de dificuldade e contar com a qualidade do adversário na finalização.
Temos várias opções de jogo, dentre elas jogar apenas no contra-ataque, vemos isso principalmente em equipes com nível técnico inferior ao seu adversário e por vezes tem êxito. Nas finais da competição Paulista nas categorias sub 15 e 17, observamos várias equipes que utilizavam deste artifício, abdicando da posse de bola para montar a defesa e tentar pegar o adversário em desvantagem numérica.
Sendo assim o jogo de futsal, passa a ser de ataque e contra-ataque, penso que mesmo com estratégias elaboradas onde pensamos no equilíbrio das ações, quem decidirá essa situação será o jogador, a tentativa é fazer com que o atleta se torne eficiente e consiga selecionar o ataque. Com atletas que trabalho é comum comparar o jogo de futsal com o basquete. Na tentativa de fazer com que elaborem o ataque e tenham a manutenção da posse de bola, diferencio um do outro, mostrando que no primeiro temos o tempo que quisermos para atacar já no basquete temos um tempo pré- estabelecido pela regra. Desta forma, atacar de forma equilibrada dependerá única e exclusivamente da leitura que o atleta faz do jogo e a situação que se apresenta em sua frente.