Moramos em um país de tamanho continental e culturalmente obcecado por jogo de bola com os pés como diz Alcides Scaglia, desta forma é normal ter uma quantidade enorme de jogadores e treinadores espalhados por todo o mundo.
Ficou evidenciado na Copa do Mundo de Futsal em 2008 realizado no Brasil a quantidade de jogadores naturalizados por outros países e defendendo sua nova pátria. Tivemos jogadores na Rússia, Japão, Espanha e principalmente na Itália. Ótimos jogadores que mais do que defender esse país ajudaram muito a desenvolver esse esporte indoor. Não devemos julgar os motivos que levam jogadores e treinadores a tomarem essa decisão, mais também olhar por outra ótica: a demanda de jogadores que temos no Brasil, conseguimos formar mais do que uma seleção; o amadorismo com que ainda é tratado o futsal no Brasil faz com que cada um busque sua independência financeira em locais e países diferentes.
Antes tínhamos apenas a Europa como um mercado com maior visibilidade e vantagens para salonistas brasileiros, mas recentemente vemos novos mercados como Japão onde temos jogadores e treinadores como Mário Tateyama estudioso do futsal e treinador neste país. O jogador Cabreúva que era uma figura certa nas convocações da seleção brasileira hoje joga no Kuwait com outros salonistas brasileiros.
Mais dentro deste contexto países da América do Sul ficavam muito para traz, com ligas que não tinham nenhum tipo de visibilidade e com seleções mais frágeis, exceto a seleção Paraguaia que teve em 2007 o técnico Fernando Ferreti como seu treinador e atualmente atuando como coordenador técnico. Recentemente temos o jogador Thiago Negri (olhe) pioneiro no futsal colombiano jogando junto ao melhor jogador colombiano da história Jonh Pinilla abrindo as portas para mais jogadores. Temos também a Liga da Venezuela que acaba de contratar o técnico Celso Marques que dirigiu a seleção brasileira de futebol de salão no Mundial realizado na Colômbia em 2011 e mais dois atletas que fizeram parte deste grupo.
Vemos que nós brasileiros além de aumentar nossa hegemonia dentro do futsal com jogadores e treinadores em todas as partes do mundo, estamos auxiliando no desenvolvimento do esporte em muitos países, mesmo que inconscientemente. Temos essa noção mais clara nas competições e jogos extra-oficial da nossa seleção brasileira.